sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O sentimento do exìlio

Reflexòes sobre o exìlio, Edward Said

" Os nacionalismos dizem respeito a grupos, mas, num sentido muito agudo, o exìlio è uma solidào vivida fora do grupo... O exìlio, ao contràrio do nacionalismo, è fundamentalmente um estado de ser descontìnuo. Os exilados estào separados das raìzes, da terra natal, do passado ".

" O exilado sabe que, num mundo secular e contingente, as pàtrias sào sempre provisòrias...".

" Embora seja verdade que toda pessoa impedida a voltar para casa è um exilado, è possìvel fazer algumas distinçòes entre exilados, refugiados, expatriados e emigrados..."

" Ver o mundo inteiro como um terra estrangeira possibilita a originalidade da visào. A maioria das pessoas tem consciència de uma cultura, um cenàrio, um paìs; os exilados tèm consciència de ao pelo menos dois desses aspectos, e essa pluralidade de visòes dà origem a uma consciència de visòes simultàneas, uma consciència que è contrapontìstica. Para o exilado os hàbitos de vida, expressào ou atividade no novo ambiente ocorrem inevitavelmente contra o pano de fundo da memòria dessas coisas em outro ambiente. Assim, ambos os ambientes sào vìvidos, reais, ocorrem juntos como no contraponto."

"Nas palavras de Wallace Stevens, o exìlio è uma "mente de inverno" em que o phatos do verào e do outono, assim como o potencial da primavera, estào por perto mas sào inatingìveis".

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