sábado, 5 de janeiro de 2008
Banalidades
Os clichès existem! Independente da censura pròpria do intelectual os chavòes sentimentais se exibem como expressòes de sentimentos imediatos, autònomos, integrais e nào deveriam ser causa de constrangimento para os eruditos. Talvez seja a universalidade das emoçòes humanas, e portanto, dos clichès, que constrange o letrado que de sopetào se vale do senso comum para se comunicar. A busca da originalidade e individualidade é que motiva o artista. Mas o fato é que fora da arte e da pesquisa de linguagem os clichés representam possìveis sìnteses e a imediatez necessàrias para a vida espontànea, de certo expressòes ingénuas e plenas de humanidade. E é quando os sentimos que entendemos o seu significado. Com tudo isso quis dizer que esta tarde passei pelo Coliseu - que estava com uma decoraçào diferenciada em razàao da època natalina - e entào me veio a sensaçào tìpica dos maus escritores quando estes dizem que tal situaçào lhes parece um sonho. Mas foi justamente isso que senti ao olhar pela primeira vez este monumento mìtico - gigante, imponente. Vivenciei tantos episòdios, rememorando pinturas, imagens, històrias dos antigos romanos, as lutas e espetàculos que aconteciam ali. Depois comi una vera pasta italiana: spaghetti all'arrabiata, ou seja, um macarrào com aquela velha e boa pimenta arretada! E neste instante ouço um cd que sequer sabia que existia: Vinìcius de Morais com Toquinho e Ornella Vanoni - uma legìtima bossa nova em italiano. Come mai è possibile? è bello da morrire! E o que fazer com esses tantos clichès que insistem em existir e constranger?
Io so che ti amerò
Per tutta la mia vita ti amerò
In ogni lontananzza ti amerò
E senza una speranza
Io so che ti amerò
Ed ogni mio pensiero
è per dire a te
Lo so che tI amerò
Per tutta la mia vita
Io so che piangerò
Ad ogni nuova assenza piangerò
Ma il tuo ritorno mi ripagherà
Nel male che l'assenza mi farà
Io so che soffrirò
La penna senza fine che mi dà
Il desiderio d'essere con te
Per tutta la mia vita
("Eu sei que vou te amar", S. Bardotti, V. de Moraes, A.C. Jobim, cantata da Ornella Vanoni e Vinìcius de Moraes)
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