segunda-feira, 12 de maio de 2008
Tristeza poética-picasso
Não sei o que fazer com a melancolia de domingo
Com a pontualidade da melancolia de domingo
O insistente déjà vu
De me sentir o Arlequim de Picasso
Sentado com uma fantasia colorida
Olhando com uns olhos sorumbáticos
O tempo, o silêncio, a respiração
De uma tarde dominical regular
Começo a pensar como seria
Uma revolução popular melancólica
Trabalhadores e artistas com olhares-arlequins
Defendendo os ideais de fraternidade e liberdade
Acho que nesta revolução não existiria a violência
E o sangue se transformaria nas tintas coloridas
Da geração de Montparnasse
Foujita, Kisling, Picasso, Soutine, Chagall, Matisse, Modigliani
A graça poética e o maneirismo velado pela nostalgia
Que marcaram os ares parisienses dos anos vinte
Preciso urgentemente de uma linguagem
Que me ajude a traduzir a minha melancolia
E as periódicas tardes de domingo de sol
(Imagem: Paul como um arlequim. Pablo Picasso, 1924.)
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3 comentários:
Olhares-arlequins encarando maio de 2008... Lindo.
Grande beijo.
Será que a melancolia tem geografia? Sempre penso nisso no domingo à tarde.
Avani
Esses domingos são infalíveis... Que pena, mas que bom, quando tiramos deles algo de bom e oferecemos por aí.
Amdava em débito oom seu blog... Tirei meu atraso, lendo as últimas coisas e fiquei muito feliz pelo superjantar brasileiro entusiasta oferecido aos italianos! Orgulhosa de ti aí fora!
Seguimos nos comunicando! Beijo grande!
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